sábado, 29 de dezembro de 2007

Capitulo 1

Perda

Felipe Roan mal podia acreditar no que via a sua frente. Tinha acabado de acordar e seus olhos ainda estavam entreabertos quando a surpresa veio. Arregalaram-se. Sangue, muito sangue no corredor. Mas o sangue não havia escorrido, era como se alguém tivesse sido arrastado, e como se mais alguém os seguisse, deixando as pegadas grosseiras no sangue. Muito sangue.

- Pai?-falou baixo, quase que inconscientemente. Era instintivo. Desde que sua mãe morrera afogada, quando o jovem Roan tinha apenas seis anos, no lago em frente à casa de sua avó, era quase que automático o balbuciar dessa palavra quando se sentia assustado - Pai?

Sentiu algo no coração. A pior sensação que já sentira. Uma pancada, um golpe, como se uma bola tivesse sido chutada contra seu peito. Segurou com força as laterais do pijama e engoliu a saliva em excesso.

Ele morava com o pai. Ele e o pai. Não havia mais ninguém além dele e do seu pai. Então se havia sangue no chão, o sangue só podia ser do seu...

- Paaaaaai? - deixou todo o ar sair dos pulmões. Paralisou e esqueceu de respirar. Ficou tonto. Lágrimas pesadas caíram. Tragou o ar fortemente e gritou – Paaaaaai?

Andava pelo corredor como se ele fosse infinito, seus pés pisavam com asco o sangue no chão e o seu corpo buscava abrigo na parede branca e fria. Escorregou e caiu com a barriga virada para baixo. Entrou em pânico, levantou-se desajeitado e saiu correndo a chamar pelo pai e nada ouvir.

O sangue estava em todo o corredor, desde a porta do seu quarto até a sala e da sala para a saída da casa. Ele abriu a porta com toda sua força e sentiu a luz do sol explodir em seu rosto. Olhou para baixo. Não havia mais sangue. Olhou pra frente e percebeu que as pessoas estavam paradas olhando para ele, completamente sujo de sangue. Virou-se e seus olhos percorreram o caminho vermelho atrás dele. O vermelho estava mais escuro agora. As paredes também, os quadros, o estofado, a mobília, tudo. Tudo ficou preto. Os sons vindos da rua ecoaram distantes e não sentiu quando o seu corpo caiu pelos quatro pequenos degraus que separavam a porta da sua casa da calçada.

Eram sete da manhã e já devia estar acordado desde as seis para ir ao colégio na hora certa. Mas o seu pai não estava ali para acordá-lo como de costume.

Pra quem gosta de ler.


Olá!

Estava andando pelo corredor da minha casa e de repente veio o estalo...

Bom, vou contar a história do começo.

Quero escrever um livro. Mas não consigo colocar minhas idéias no papel. Já comecei vários diferentes, e tive idéias que acho valerem bastante, mas nunca consegui escrever mais de 15 páginas. É como se perdesse o estímulo.

Então tive o estalo.

Vou criar um blog! Nele vou escrever o começo de uma história, não uma das que conservo há muito tempo, mas uma completamente nova, que nem eu sei o final ainda, e que só dependerá do estímulo alheio para ser terminada.

Se 30 comentários de pessoas diferentes disserem “conta mais!”, eu colocarei mais um capítulo e vocês saberão o que acontece. Se 30 comentários de pessoas diferentes disserem “conta outra!”, eu mudo de história e uma ainda mais nova vai ser contada.

Então cabe a vocês, blogueiros, pedir que outros blogueiros leiam e comentem.

Estou louco pra falar mais de Felipe, o personagem principal, pra vocês. Ele é um garoto de 18 anos que vai viver coisas surpreendentes. Digo logo de início que a trama pode nos levar ou por algo mágico ou por algo demoníaco. De um jeito ou de outro, podem contar com muita ação e mistério, pois de uma coisa tenho certeza: a segunda parte vai nos deixar ainda mais curiosos!

Divirtam-se, pois eu vou me divertir bastante.

Ah! Ia esquecendo. O nome da história é:

O poço.